›› CRIANÇAS
Na ótica espírita, a criança é um Espírito reencarnado. Como tal, traz sua bagagem própria, resultante das aquisições adquiridas em suas pregressas existências materiais e seus estágios realizados no mundo espiritual.
Por ser a Terra ainda um mundo de expiações e provas, não são os Espíritos que aqui reencarnam nem puros, nem perfeitos. Necessitam, pois, de cuidados especiais, orientações corretas, educação reta.
A moral cristã precisa ser ministrada à criança, desde tenra idade, tendo em vista o seu contínuo progresso intelecto-moral. Não basta, portanto, propiciar-lhe instrução, mas também, a educação que faz homens de bem, favorecendo que alcance êxito na sua programação reencarnatória.
Do momento da concepção até a morte encefálica tem o Espírito reencarnado um trajeto evolutivo a percorrer, sendo a infância o período mais propício à semeadura em seus corações dos conceitos contidos no roteiro legado por Jesus. O cultivo das artes e do esporte representam atividades importantes no contexto da formação e preparo das crianças.
Resgatar os equívocos pretéritos e vivenciar novas experiências evolutivas é apanágio de todo ser humano. Quanto maior o investimento voltado às crianças, nessa primeira fase do Espírito reencarnado, tanto maior as possibilidades de sair vitorioso na sua programação.
A criança é o esteio da Humanidade. Educá-la com instrução e amor é sublimar a causa do progresso evolutivo dos seres, instituída pelas Leis de Deus. A criança é símbolo de perfeição. A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda a idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade. (Ev.VIII 3).
No período da infância, o encarnado não manifesta ainda, por inteiro, o perfil de sua personalidade resultante das aquisições pregressas, a par de seu livre-arbítrio ser reduzido. Uma razão mais para que pais e educadores aproveitem ao máximo esse período para a educação do infante.
É importante a criança sentir-se amada, querida. O ideal é cada orientador, na família ou fora dela, ajudar amando enquanto ensina, conversando enquanto brinca, entendendo cada uma numa verdadeira troca de sentimentos, levando-a pouco a pouco para o seu desenvolvimento integral.
Algumas vezes o Espírito de uma criança é muito mais adiantado do que o de seus pais, porquanto pode dar-se que muito mais já tenha vivido e adquirido maior soma de experiência, sobretudo se progrediu. Apenas a imperfeição dos órgãos infantis o impede de manifestar-se. (L.E. 197 e 397).
Não se deve desenvolver a mediunidade nas crianças. (L.M. 221/6).
A criança elétrica pode, em certos casos, representar provação para seu Espírito. (R.E.1869).
A mediunidade vidente é muito comum, se não mesmo geral, nas crianças, e isto é providencial. (R.E. 1866).
No desprendimento durante o sono físico, a criança pode recordar sua existência anterior. (R.E. 1862).
Toda criança é protegida por seu anjo guardião. (R.E. 1860).
A educação, as boas influências, o desenvolvimento da razão, podem evitar que a criança cometa desatinos. (R.E. 1859).
A prece dos pais por seus filhos não deve ser esquecida. (Ev. XXVIII 53 a 56).
O culto do evangelho no lar representa investimento na manutenção de padrão vibratório de alta frequência em favor de toda a família em geral, e da criança em particular.
A formação moral da criança é adquirida essencialmente no lar e aí os bons exemplos não devem faltar.
As más tendências das crianças não devem deixar de ser combatidas. Educar é missão delegada aos pais por Deus.
Regras limites são importantes, num misto de energia e amor, para que o discernimento da criança se desenvolva na direção do bem.
(texto retirado integralmente da REVISTA INTERNACIONAL DE ESPIRITISMO – janeiro/2013 – página 618 – EDITORIAL – Casa Editora O Clarim).
